No final da nossa estadia na Inglaterra não podíamos deixar de viver as indecifráveis pedras de Stonehenge e ir à mágica cidade de Glastonburry, onde o mito de Avalon se faz presente. Presenças invisíveis de um tempo distante, se apresentam vivos, onde o que chamo realidades paralelas se penetram e podemos quebrar a ilusão da separatividade. Ultrapassamos os portais da mente cotidiana e podemos viajar nas asas do pássaro sagrado. Em Glastonburry fui subindo o monte de Tor em fina oração ao encontro da espada ali fincada. Lá encima, o poderoso vento vindo dos mares soprava forte clareando mentes e caminhos. Sentei nas pedras e pude ver a barriga da minha mãe Terra grávida da avó Água, fonte que vai direto ao mar não sem antes abastecer as fontes sagradas onde repousa o cálice sagrado da Deusa. Poesia vivida, tempos imemoriais gravados em cada célula do meu corpo. Estava ali, bebendo literalmente da fonte cristalina, meu olhar, minha vida banhados pela história dos meus ancestrais. Tempo e Espaço, unidades da minha alma.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
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