Hoje de madrugada estava lendo uma poesia e tive tanta vontade de colocar uma frase, apenas uma frase de uma das tocantes poesias do autor pra que voces pudessem se inspirar. Mas lendo com um pouco mais de atenção ví o que estava escrito nas páginas iniciais do livro: " Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, aramzenamento ou transmissão de partes deste livro, através de quaisquer meios, sem prévia autorização por escrito". Fiquei pensando que a belíssima poesia de Manoel de Barros (acho que não é proibido citar o autor) não combinava com a dureza destas palavras. A simplicidade da escrita, a quase loucura da letra, o sentir e falar a inexistencia não combinavam com as proibições. Não havia possibilidade da simplicidade amar as proibições. Elas não eram amantes, uma era a liberdade das formigas, das lesmas, das pedras; a outra era a dureza dos/as insensatos/as,a insensibilidade das leis elaboradas longe, muito longe do olhar da poesia que a vida oferece.
E fui me dando conta que não quero proibições em meus escritos, em minhas canções, não preciso lutar por direitos autorais, porque meu escrito ninguém pode ter, é meu, sai da minha alma, é minha carta de identidade. Minhas canções cantadas pelo mundo, minhas orações oradas dezenas de vezes por dia em muitos retiros e workshops, meus livros lidos por milhares de pessoas são uma bênção da Deusa pra mim, são as sementes que se vão pela Mãe Terra e plantadas em locais férteis, certamente frutificarão...