A Xamam, em seus 25 anos de trabalhos contínuos ,aprendeu a arte de estar com sua guiança e segui-La. Em momentos preciosos senta e partilha o que lhe é revelado. Em um jorro ardente de inspiração, as respostas às inquietas questões que os buscadores lhe apresentam são respondidas de forma tranquila e profunda. Usufrua de alguns desses momentos...
Buscador/a: Eu preciso te escutar falar sobre o desapego.
Alba: Desapegar-se é poder perceber o vazio interior que é preenchido pelo divino. O fazer porque é o tempo do fazer, mas não buscar no ato a perpetuação dele mesmo. Permitir que as forças do Universo dirijam a vida e tudo que nele existe, ser o rio que flui para o oceano que tudo acolhe e tudo sabe. Práticas simples podem ajudar neste aprendizado. O ato de podar uma árvore, ou cozinhar um alimento podem ser práticas extremamente reveladoras. Você pratica o ato e permite que o objeto se libere de você mesma, que a árvore siga o fio dela mesma, que o alimento seja ingerido por todos. Que você dê à luz ao seu/ua filho/a e permita que ele/a se vá. Porque você não é dono/a dele/a, você foi o suave instrumento para que ele/a pudesse vir a este planeta, mas verdadeiramente ele/a é filho/a da Existência. Na Índia eu vejo as pessoas desenharem mandalas nas portas todas as manhãs, e durante o dia as pessoas pisam ali, o vento leva o desenho, mas não importa, no dia seguinte lá estão os/as devotos/as fazendo aquela maravilhosa composição novamente O estado do desapego envolve você se libertar do outro, do olhar do outro, da crítica do outro, quebrar o espelho e tocar em si próprio/a.
Buscador/a: Alba, eu sei que quero mudar, mas quando dou o primeiro passo me bate uma insegurança e eu retorno ao meu conhecido jogo. O que devo fazer?
Alba: Essa é uma tomada de decisão muito séria. Mudar significa se conhecer, trilhar um caminho desconhecido, portanto sem nenhuma “segurança”. Eu nunca compreendi o que as pessoas chamam de segurança, porque a vida não nos oferece nenhuma segurança, Deus/a ou outro nome que se queira dar não assina embaixo do nosso cotidiano. Ele/a não nos diz:” olha, você vai viver com essa pessoa durante tantos anos, você vai viver até o dia tal, etc.etc.” Teu emprego não te dá segurança, pois o que é hoje, amanhã não é mais. Sendo assim, o que nos cega a ponto de estarmos sempre em busca de uma pseudo segurança? Será que é tão difícil para nós percebermos que estamos aqui, no planeta Terra como simples passageiros? Que por termos pernas e não raízes como árvores devemos sempre mudar, cambiar de valores, de espaços e de relacionamentos? Somos crianças brincando em um jardim de Deus/a e nos travestimos de adultos cheios de humores, mas sem nenhuma consistência espiritual. Confundimos tudo e podemos perceber isto em determinadas reuniões onde ser sério, sisudo, mal humorado é sinal de sensatez, de confiabilidade. Mas quem nos assegura que aquela seriedade, aquela sisudez não é sinal de doença, de uma prisão de ventre, de um sexo mal resolvido? Estacionamos na fase infantil emocional e espiritual, buscando um pai e uma mãe que nos assegure, que nos proteja dos perigos de assinarmos embaixo de nossos atos. Como crianças famintas em busca de super heróis, buscamos fenômenos, milagres, grandes acontecimentos sem termos a percepção de que o herói somos nós, a jornada é absolutamente de nossa inteira responsabilidade. Perdemos a capacidade de brincar, de rir e sonhar, porque estas virtudes ficam destinadas aos loucos e insensatos ou no máximo às crianças. Delegamos o ato de ousar, de gargalhar aos personagens que não levamos a sério. Isto é o que chamo insensatez, insegurança, porque Deus brinca, a vida brinca, a natureza gargalha e explode em festa e luz. Não existe segurança em nada, tudo é mutante, somos mutantes, somos seres em evidente e constante mutação. Imagine que somos energia materializada, nosso corpo é luz em alta densidade, somos átomos em constante e infinito movimento.
Buscador/a: Eu preciso te escutar falar sobre o desapego.
Alba: Desapegar-se é poder perceber o vazio interior que é preenchido pelo divino. O fazer porque é o tempo do fazer, mas não buscar no ato a perpetuação dele mesmo. Permitir que as forças do Universo dirijam a vida e tudo que nele existe, ser o rio que flui para o oceano que tudo acolhe e tudo sabe. Práticas simples podem ajudar neste aprendizado. O ato de podar uma árvore, ou cozinhar um alimento podem ser práticas extremamente reveladoras. Você pratica o ato e permite que o objeto se libere de você mesma, que a árvore siga o fio dela mesma, que o alimento seja ingerido por todos. Que você dê à luz ao seu/ua filho/a e permita que ele/a se vá. Porque você não é dono/a dele/a, você foi o suave instrumento para que ele/a pudesse vir a este planeta, mas verdadeiramente ele/a é filho/a da Existência. Na Índia eu vejo as pessoas desenharem mandalas nas portas todas as manhãs, e durante o dia as pessoas pisam ali, o vento leva o desenho, mas não importa, no dia seguinte lá estão os/as devotos/as fazendo aquela maravilhosa composição novamente O estado do desapego envolve você se libertar do outro, do olhar do outro, da crítica do outro, quebrar o espelho e tocar em si próprio/a.
Buscador/a: Alba, eu sei que quero mudar, mas quando dou o primeiro passo me bate uma insegurança e eu retorno ao meu conhecido jogo. O que devo fazer?
Alba: Essa é uma tomada de decisão muito séria. Mudar significa se conhecer, trilhar um caminho desconhecido, portanto sem nenhuma “segurança”. Eu nunca compreendi o que as pessoas chamam de segurança, porque a vida não nos oferece nenhuma segurança, Deus/a ou outro nome que se queira dar não assina embaixo do nosso cotidiano. Ele/a não nos diz:” olha, você vai viver com essa pessoa durante tantos anos, você vai viver até o dia tal, etc.etc.” Teu emprego não te dá segurança, pois o que é hoje, amanhã não é mais. Sendo assim, o que nos cega a ponto de estarmos sempre em busca de uma pseudo segurança? Será que é tão difícil para nós percebermos que estamos aqui, no planeta Terra como simples passageiros? Que por termos pernas e não raízes como árvores devemos sempre mudar, cambiar de valores, de espaços e de relacionamentos? Somos crianças brincando em um jardim de Deus/a e nos travestimos de adultos cheios de humores, mas sem nenhuma consistência espiritual. Confundimos tudo e podemos perceber isto em determinadas reuniões onde ser sério, sisudo, mal humorado é sinal de sensatez, de confiabilidade. Mas quem nos assegura que aquela seriedade, aquela sisudez não é sinal de doença, de uma prisão de ventre, de um sexo mal resolvido? Estacionamos na fase infantil emocional e espiritual, buscando um pai e uma mãe que nos assegure, que nos proteja dos perigos de assinarmos embaixo de nossos atos. Como crianças famintas em busca de super heróis, buscamos fenômenos, milagres, grandes acontecimentos sem termos a percepção de que o herói somos nós, a jornada é absolutamente de nossa inteira responsabilidade. Perdemos a capacidade de brincar, de rir e sonhar, porque estas virtudes ficam destinadas aos loucos e insensatos ou no máximo às crianças. Delegamos o ato de ousar, de gargalhar aos personagens que não levamos a sério. Isto é o que chamo insensatez, insegurança, porque Deus brinca, a vida brinca, a natureza gargalha e explode em festa e luz. Não existe segurança em nada, tudo é mutante, somos mutantes, somos seres em evidente e constante mutação. Imagine que somos energia materializada, nosso corpo é luz em alta densidade, somos átomos em constante e infinito movimento.
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