segunda-feira, 10 de junho de 2013

Londrinando

Sinto cada vez mais que a escrita é um ato de uma profunda inspiração onde as palavras saltam espontâneas em um fluxo de doce revelação. Assim aconteceu o mês passado de maio. Envolvi-me em escritas de um idioma desconhecido que me determinei a aprender. Minhas mãos ficaram embevecidas com as imagens e transferiram para o olhar a inspiração. Não consegui escrever nada para o blog! Agora posso voltar a escrever docemente pra vocês, contar um pouco dessa história da minha viagem ao velho continente. Saí da minha comunidade, viajei e cheguei a um distante país com um certo temor no coração e um aperto na garganta de saudade. Fui estudando não só o idioma, mas principalmente as pessoas, a beleza, o cinza quase permanente da indescritível cidade de Londres. Fui penetrando nos recantos daquela cidade através da cuidadosa e atenta mão de meu companheiro Dhan Ribeiro. Caminhar por ali me trazia um sentimento de  misteriosa solenidade, um odor de uma antigüidade contemporeinizada. Compreender de verdade o sentido da palavra inglesa polite, sentir e ver essa palavra nas atitudes dos ingleses é espantoso! O signo e o significado sendo uma só unidade, a coerência viva! Pude agradecer à Deusa pelo presente em vida que me estava sendo ofertado, orei no caudaloso rio Tamis, cantei nos parques e silenciei nos museus.

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