sexta-feira, 24 de abril de 2009

Jornada na Islândia - Dia 3









Terceiro dia – Despertamos cedo, fizemos o rito de gratidão e despedida e seguimos para nossa hospedagem. Hoje seria nosso último dia da Islândia e tínhamos uma jornada intensa a realizar. Enquanto dirigia, Telma nos contou a seguinte história, “O primeiro homem viking que aqui chegou veio em um barco trazendo algumas pessoas com ele. Eles vieram pra ficar nessas terras. Quando aportaram, quebraram o barco e jogaram as madeiras no mar. O homem falou que onde as madeiras fossem encontradas seria instalada o principal local, daquelas terras, seria ali onde eles permaneceriam e construiriam suas casas. Iniciaram a caminhada pra ver onde as madeiras haviam encalhado e encontraram, depois de muitos dias, as madeiras próximas a um local onde o vapor subia da terra em uma quantidade enorme, uma verdadeira e imensa bacia de vapores. E o homem falou: o nome dessa terra é Reykjavík, que significa bacia de vapores e aqui instalaremos nossas casas...” e assim começou tudo. Descemos no centro histórico e nos deparamos com muitas pessoas nas ruas, os aconchegantes cafés e restaurantes cheios de gente, sendo a maioria de jovens e um movimentado comércio local, apesar de ser domingo. Tudo efervescia. E por falar em efervescência dali seguimos para vivenciar o local onde literalmente a terra efervescia. Próximo dali, em Gunnuhver, nos deparamos com inúmeros gêiseres, verdadeiras bacias brotando na superfície da terra destilando um forte odor de entranhas mesclado a uma profusão de vapores a uma temperatura média de 500 graus que se espalhava pelo ar. O vento frio da superfície da terra esfriava o vapor e espalhava o perfume das entranhas da Mãe provocando nosso senso olfativo. “Nós, islandeses, amamos esse cheiro. Todo nosso sistema de aquecimento é retirado daqui, nossa água vem daqui...” Uma paisagem sem descrições, completamente desconhecida para nós que não éramos islandesas nos deixava extasiadas, sem mesmo saber o que fazer ou dizer daquilo tudo. Uma profunda reverência surgiu em nossas mentes e o corpo temeroso tornou-se mais atento.
Alguns momentos mais tarde seguimos para nossa última paisagem daquela jornada. Fomos para Bláa lónið ou Lagoa Azul. Seria nosso último campo de sonhos. Uma imensa lagoa azul, salgada, com uma temperatura média de 38 graus, onde não só podíamos contemplar, mas nos banhar naquelas águas ricas em algas azuladas, sais minerais e silício. E assim fomos nos despedindo da bela Islândia com o desejo de um dia retornar.











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