Sétimo dia - Seguimos em direção à indizível lagoa de Llanganucco, a água azul da lagoa contrastava com a cor escura das montanhas. Dali víamos as cordilheiras branca e negra. O impacto da beleza era tamanho que só o silencio podia nos acompanhar. Ali, naquelas águas geladas fizemos o rito para os quatro elementos, naquelas águas nos banhamos e nos purificamos. No retorno ao hotel um relaxante banho nas águas termais que vertia das cavernas.
Oitavo dia - Fomos em direção ao pequeno povoado de Chavín de Huantar. Comungamos Wachuma ao som de nossas canções, tambores e chocalhos.Rumamos em direção ao complexo de Chavín de Huantar.Nosso guia local, Joventino, nos guiava com uma doce amorosidade, própria das pessoas serranas. Pacientemente o xamã Vítor Estrada explicava o siginificado daquele complexo.A Xamã Alba Maria ia nos conduzindo a fim de que não perdessemos nosso fio, o encontro com nossa guiança interior.O sol se pondo anunciava nossa entrada na caverna onde estava fincada El Lanzón, a espada iniciática de Wachuma.As palavras não tocam o poder e a magnitude daquele instante. Sem limites ultrapássavamos vidas e vidas.Dobras da realidade se ampliavam e tudo era UM.
Nono dia - Retorno a Huantar e no caminho uma visita ao local onde habitam as maiores flores do planeta: chegam a 15 metros de tamanho. São cactos de onde saem gigantescos pendões completamente preenchidos por flores e sementes.Um belo ritual em intenção ao que queremos que floresça em nossas vidas é realizado.
Décimo dia - Iniciamos uma poderosa partilha às 09:00hs e finalizamos às 16:00hs, o dia que seria livre foi preenchido por revelações, lágrimas e risos. O grupo se fazia Um e experimentava o sabor da fraternidade.
Décimo primeiro dia - Cedinho partimos em direção ao último templo que fazia parte da jornada: o templo de fogo de Caral.Outro imenso complexo, cheio de pirâmides, cuja história se mescla à chama eterna do Avô Fogo, a kundalini viva em cada um/a de nós.Nosso último graal com Wachuma, a comunhão com os/as deuses e deusas encerrava seu ciclo.Cada um/a bebia do líquido da medicina e cada célula nossa se abria para receber as bênçãos da eternidade.
Décimo segundo dia - As despedidas começavam a acontecer, agora que nos conhecíamos, que havíamos ultrapassado os julgamentos se iniciava o ciclo da morte e renascimento. Alguns permaneceram na região, e a maioria seguiu para Lima.Nossos últimos momentos juntos se anunciava.
Décimo terceiro dia - a despedida, a ida às casas de danças locais, os olhares cúmplices e a certeza que um dia nos encontraríamos novamente.