segunda-feira, 17 de março de 2014

Escola Iniciática

Curandeira Mochica
Há alguns anos, iniciei sem muito alarde e com muita paciência, porque não dizer com muita fé, a plantar sementes xamãs na terra. De forma consciente fui selecionando cada um/a daquelas pessoas que encontrava em meus trabalhos pelo mundo. Queria algo verdadeiro e profundo. Viajando pelos muitos lugares da Mãe Terra fui apurando meu olhar e refinando minha escuta. Para saber quem estaria maduro/a pra mergulhar comigo os grandes mistérios que venho aprendendo nessa vida e em tantas outras.Devagar, fui cuidando do meu jardim, adubando, semeando cuidadosamente as flores que gostaria de ver um dia nascer. E assim, o jardim foi crescendo, doce e firmemente. Hoje tenho alunas/os que já são de verdade, Xamãs. Que aprenderam e aprendem comigo muitos mistérios da sagrada medicina xamanica, dos povos da terra, principalmente das terras andinas peruanas. Vejo o jardim florescer exalando qualidades que comungo como ética, coerência, verdade.Olho as flores e respiro o bem da vida, a liberdade. Sigo plantando com muito cuidado, pois sei que são poucos/as a comungarem os ditames da Deusa Mãe. Na linha que sigo, todos/as devem seguir o verdadeiro chamado do coração e seguirem sem titubear, escutando o que tem que escutar, fazendo o que precisa ser feito, aprendendo o que precisam aprender. Não tem retorno ou contemporização. O preço de aprender os mistérios é alto, é a renuncia, a aceitação e a transformação da força egóica na força do serviço, seja, o nascer da adultez espiritual. E assim vamos aprendendo, rindo, chorando, cantando e amando.

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